Fala Presidente: "Educação Alimentar nas Escolas".

Sabemos que a formação dos hábitos alimentares é um processo que se inicia desde o nascimento das crianças. Os pais são os principais responsáveis pela criação destes hábitos, que vão sendo introduzidos desde os primeiros anos de vida. Posteriormente, o comportamento alimentar vai sendo moldado, tendo como base as preferências individuais determinadas por diversos fatores. Entre os principais determinantes estão à genética, as experiências positivas e negativas vividas na alimentação ao longo da vida, a disponibilidade de alimentos dentro de casa, o nível socioeconômico, a influência da mídia e as necessidades fisiológicas.

De acordo com os nutricionistas, entende-se que quanto mais cedo forem instalados na criança hábitos alimentares corretos, maior a probabilidade de que permaneçam na vida futura. A educação nutricional exige longo tempo de ação e a escola tem um importante papel nesse processo de formação. O que é passado para a criança durante o momento da refeição na escola é compartilhando com os pais em casa.

O CAE - Guarulhos defende e considera a educação nutricional não só uma atividade extra aula dentro do quadro de saberes. È um principio de formação contínua no cognitivo da criança. Algo que ela vai levar para toda a vida. Hoje a tecnologia de processamento de alimentos caminha lado a lado com a tecnologia dos computadores. È quase impossível falar de chocolate em pó ou leite condensado na indústria alimentícia se não lembrar da automatização dos maquinários que preparam esses alimentos. Assim é para todos os gêneros plantados, colhidos ou processados e destinados a “merenda escolar”.

Ensinar educação nutricional como preconiza a Resolução FNDE/CD n°. 038 de 16 de junho de 2009 não é mais um modismo do Governo Federal. É uma preocupação constante dos órgãos públicos que gerenciam programas e equipamentos à população de baixa renda. Programas como a Renda Mínima, Bolsa Família, Banco de Alimentos, Restaurante Popular, Cozinha Alternativa e mesmo o Programa Nacional de Alimentação Escolar; antes de “trabalhar” o alimento, começam a estudar formas de ensinar como se alimentar melhor e gastar menos na aquisição de alimentos mais saudáveis. Além é claro, da ministração de cursos e distribuição de receitas práticas para reaproveitamento de cascas e talos.

Marcelo Colonato
Presidente do CAE - Guarulhos